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@ ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
2025-04-15 20:16:08Eu reconheço que Deus, e somente Deus, é o soberano legítimo sobre todas as coisas. Nenhum homem, nenhuma instituição, nenhum parlamento tem autoridade para usurpar aquilo que pertence ao Rei dos reis. O Estado moderno, com sua pretensão totalizante, é uma farsa blasfema diante do trono de Cristo. Não aceito outro senhor.
A Lei que me guia não é a ditada por burocratas, mas a gravada por Deus na própria natureza humana. A razão, quando iluminada pela fé, é suficiente para discernir o que é justo. Rejeito as leis arbitrárias que pretendem legitimar o roubo, o assassinato ou a escravidão em nome da ordem. A justiça não nasce do decreto, mas da verdade.
Acredito firmemente na propriedade privada como extensão da própria pessoa. Aquilo que é fruto do meu trabalho, da minha criatividade, da minha dedicação, dos dons a mim concedidos por Deus, pertence a mim por direito natural. Ninguém pode legitimamente tomar o que é meu sem meu consentimento. Todo imposto é uma agressão; toda expropriação, um roubo. Defendo a liberdade econômica não por idolatria ao mercado, mas porque a liberdade é condição necessária para a virtude.
Assumo o Princípio da Não Agressão como o mínimo ético que devo respeitar. Não iniciarei o uso da força contra ninguém, nem contra sua propriedade. Exijo o mesmo de todos. Mas sei que isso não basta. O PNA delimita o que não devo fazer — ele não me ensina o que devo ser. A liberdade exterior só é boa se houver liberdade interior. O mercado pode ser livre, mas se a alma estiver escravizada pelo vício, o colapso será inevitável.
Por isso, não me basta a ética negativa. Creio que uma sociedade justa precisa de valores positivos: honra, responsabilidade, compaixão, respeito, fidelidade à verdade. Sem isso, mesmo uma sociedade que respeite formalmente os direitos individuais apodrecerá por dentro. Um povo que ama o lucro, mas despreza a verdade, que celebra a liberdade mas esquece a justiça, está se preparando para ser dominado. Trocará um déspota visível por mil tiranias invisíveis — o hedonismo, o consumismo, a mentira, o medo.
Não aceito a falsa caridade feita com o dinheiro tomado à força. A verdadeira generosidade nasce do coração livre, não da coerção institucional. Obrigar alguém a ajudar o próximo destrói tanto a liberdade quanto a virtude. Só há mérito onde há escolha. A caridade que nasce do amor é redentora; a que nasce do fisco é propaganda.
O Estado moderno é um ídolo. Ele promete segurança, mas entrega servidão. Promete justiça, mas entrega privilégios. Disfarça a opressão com linguagem técnica, legal e democrática. Mas por trás de suas máscaras, vejo apenas a velha serpente. Um parasita que se alimenta do trabalho alheio e manipula consciências para se perpetuar.
Resistir não é apenas um direito, é um dever. Obedecer a Deus antes que aos homens — essa é a minha regra. O poder se volta contra a verdade, mas minha lealdade pertence a quem criou o céu e a terra. A tirania não se combate com outro tirano, mas com a desobediência firme e pacífica dos que amam a justiça.
Não acredito em utopias. Desejo uma ordem natural, orgânica, enraizada no voluntarismo. Uma sociedade que se construa de baixo para cima: a partir da família, da comunidade local, da tradição e da fé. Não quero uma máquina que planeje a vida alheia, mas um tecido de relações voluntárias onde a liberdade floresça à sombra da cruz.
Desejo, sim, o reinado social de Cristo. Não por imposição, mas por convicção. Que Ele reine nos corações, nas famílias, nas ruas e nos contratos. Que a fé guie a razão e a razão ilumine a vida. Que a liberdade seja meio para a santidade — não um fim em si. E que, livres do jugo do Leviatã, sejamos servos apenas do Senhor.