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@ Rafael Borges
2024-07-30 19:48:26
Existem sistemas integrados de decisões coletivas que chaveiam os destinos de povos, em interno ao sistema há uma vasta rede de discursos e escolhas colaterais que geram variantes sobre os futuros dos indivíduos, que mesmo sobre interindependência ainda estão dentro de uma lógica superior qual rege as sociedades e civilizações humanas. No geral é inevitável que o ser não isolado em sua própria realidade, assim então desperto e não imerso para a optica geral coletiva , em oposição à óptica singular do indivíduo — desperto sobre sua realidade e imerso na Janela de Overton — se vê como parte do processo, porém erroneamente se vê como sujeito da ação que rege as decisões, não como o que de fato é: uma ferramenta dos sujeitos reais da ação. O eleitor é o número, a eleição é o espetáculo, os políticos são os atores e quem o planeja são os "Senhores", dessa forma explicitamos o fim do espetáculo.
Sobretudo, há um padrão na literatura universal: a vilania está sempre em posição de poder, isso pois destaca a ameaça por via da força, e quem a detém é geralmente alguém que possui as ferramentas políticas para tal, sejam elas lícitas ou ilícitas, sejam eles presentes no estamento burocrático ou não, porém há o segundo padrão: a vilania sempre busca a ascenção por via da subversão. É comum que essa subversão passe pela transição do lícito pelo ilícito, motivo pelo qual os ditadores possuem relações com máfias, grupos narcoterroristas, facções terroristas e etc. Por além do segundo padrão, há o terceiro: o poder oculto. Entre esses podemos traçar um paralelo entre o recém "reeleito" Nicolás Maduro e o *Deep State* americano, e assim podemos explicitar, além do sucesso de um deus, a verdadeira vitória da "democracia".
A priori a representação do arquétipo vilanesco de Anticristo comumente dá sua face por cima de uma escada em obras de ficção, assim ocorre em referência à simbologia esotérica da ascenção espiritual, isso em alto grau de elavação, porém por um poder imanente. No presente momento político dos povos o Anticristo está sobre o topo das escadas tal como nas ficções, lá se apresenta no topo de sua suposta "glória" para expor, de alto e bom tom, quem realmente manda e desmanda na ordem dos eventos, e de onde esse poder emana, no caso, do deus em oculto por de trás da grande cortina violeta, qual vemos como "democracia". Em uma subversão lógica, desconstruindo os valores universais católicos-cristãos quais organizaram o Ocidente, o Anticristo não é um "vilão", mas sim um herói do destino dos povos, trata-se do libertador, do homem que unirá tudo e todos e consolidará o avanço na luta contra Deus, ou então, contra o demiurgo, portanto, esse Anticristo há de herdar as vontades de Azazel e a manifestação do mal sobre a humanidade, qual gerou a nós o anátema. A modernidade nos ensinou a condenar Deus por decorrência do anátema, nos ensina que o pecado é o caminho da liberdade, e assim nos incentiva à negá-lo, primeiro como Deus e segundo como Verdade, assim nos ensina também que Cristo é um problema a ser superado e que todos os elementos que inibem a força revolucionária coletivista na derrubada da autoridade do Deus trinitário cristão-católico devem ser destruidos, em paralelo preza-se pelo levantamento de novos deuses, assim saímos de um período de destruição para adentrarmos o levantamento de novas divindades, essas quais estão presentes nos projetos de Estado.
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De forma prática, foi visto ontem, no dia 28 de julho, a vitória da "democracia" na eleição fraudada de Nicolás Maduro, essa comemorada por dois grupos em específico: os socialistas ortodoxos, como a turma do PCO & amigos, e os "socialistas de direita", como os adeptos do dugnismo pró-eurasiano, adeptos esses quais recebem apelidos de "naCHIoNAlistas" e "russófilos", em exemplo o grupo Nova Resistência. O processo eleitoral foi efetuado estrategicamente para **1-** mostrar ao povo que a lei não importa mais, o que importa é a ordem, assim para gerar imponência sobre a população e fazê-la entender que ou se é venezuelano e está com Maduro ou está convidado a se retirar do país pois a opinião de massas não destruirá mais o poder instituido pelos bolivarianistas e pelo narcotráfico, e **2-** gerar falsas esperanças aos opositores, que sem cautela e em histeria usaram da voz para atacar o *soberano* da política venezuelana crendo piamente na lisura e chance de vitória, não somente destinado a expor a inescrupulosidade dos liberais antichavistas, como dos simpatizantes internacionais ao fim do regime ditatorial de Nicolás Maduro. O fato é que a Venezuela, a partir dessas eleições, se torna um caso indenfensável para aqueles que buscam conciliar o socialismo com a democracia, pois trata-se de um Estado de exceção qual a lei não possui autoridade frente aos planos e projetos políticos, que preponderam em avanço sem freios, a defesa do regime de Maduro está nas mãos dos dois grupos anteriormente citados, compostos por uma nata bastante duvidável das bolhas dentro das guerrilhas informacionais no universo das propagandas políticas massivas, e que é tão inescrupulosa como a porção caricata da suposta "direita latino-americana", essa ecumênica, laical, maçônica e liberal.
Ocorre que esses citados já não buscam o mantra da democracia para proteger seus ideais, o oposto, partindo deles há a defesa do fim do modelo democrático, o que por vez não é errado, desde que tal bandeira não seja usada para defesa de tiranos e de tiranias, o que é o caso presente. Dos caminhos presentes para a permanência da posição de defesa do regime de Maduro há mais um, além da defesa do fim das democracias, e é a defesa da democracia "herdada", que na prática é o uso da mentira para induzir as massas a crerem que o desejo do povo se faz por uma consquência progressiva e histórica da manifestação dos anseios populares, independentemente da resposta popular nas urnas, que o desejo das gerações passadas era por uma Venezuela socialista, esses desejos foram transmitidos ao regime legal e democrático de Chavez, que foi procedido por seu herdeiro, Maduro, e que a partir disso é legítimo a perpetuação do poder político de Maduro independente dos desejos populares presentes das "massas alienadas". O problema dessa posição é a crença de que as posições de aceitação e rejeição são imutáveis e que os desejos são eternos, que os povos não se tranformam racionalmente e que a estrutura política é uma força regente dos povos de forma ampla, como se da política viessem os avanços técnicos, tecnológicos, de pensamento, de conhecimento, de saberes, moral, ético, cultural e etc., ou que inexistem as decadências civilizacionais e culturais, e claro, se houver legitimidade na democracia herdada então haveria legitimidade na consolidação dos chauvinismos do século XX em retorno ao século XXI, amplamente rejeitados hoje pela sociedade civil, anacronicamente, trata-se então de um apelo desesperador por parte de uns, algo insustentável, logo àquele que se por em defesa da democracia "herdada" se colocará, mais cedo ou mais tarde, em defesa do fim das democracias.
Assim, em paralelo, outro anticristo se mostra presente no topo das escadas, esse menos personalista, trata-se do poder oculto norte-americano, que está em via de **1-** permitir a vitória de Donald Trump e ver suas partes serem perseguidas, presas, ou banidas do país, e **2-** manipular os resultados para **vencer** na marra, algo possível. Se ocorrida a primeira possibilidade de evento o *deep state* americano terá uma luta mais árdua contra seu presente inimigo, os esforços serão maiores para manter a estabilidade política frente a decadência dos Estados Unidos na nova configuração global das esferas de poder e influência no mundo, a estabilidade deverá se tornar instabilidade para que haja chances de sobrevivência do *deep state* e uma possível destruição completa da direita, assim consolidando o poder que guiará a construção de uma nova civilização sobre a findada "cultura americana", será o fim do processo dialético que move a política repúblicana nas "democracias", issso em território americano, pois do oposto o processo dialético então referido se delonga. Na segunda possibilidade os EUA decreta seu fim em benefício do avanço exponencial do poder das elites financistas, o povo americano será o povo sacrificado para a consolidação de um novo futuro para os povos do mundo, pois esses serão responsáveis infelizes pelo financiamento de conflitos mundo a fora de forma mais vil e truculenta, visando manter ainda forte o poder do *deep state* por via da corrupção, assim a guerra ao dinheiro será mantida, sem retorno.
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Quando o anticristo descer as escadas estaremos em outro cenário, então entenderemos o que é um "plano" muito bem arquitetado, e então perceberemos que a democracia não é um deus falho, pelo contrário, a democracia liberal é um deus que obteve sucesso em seu dever de consolidar a tirania sofisticada e oculta por via da grande mentira democrática. O poder nunca se tratou de capacidade de mover as massas, mas sim do domínio sobre a subversão da realidade, para que então esteja dentro da guerra pela destruição da criatura e tenha seu espaço concedido numa elite burocrática ou financeira, isso é possível se o soberano detém a imprensa e o poder monetário (sobre a moeda nacional) nas mãos.
A movimentação processual desses sistemas integrados de decisões sobre os rumos dos povos tenderão a levar a humanidade para uma autodestruição, as civilizações serão atacadas para o avanço de um mundo primeiro multipolar para que depois opere conforme os sonhos da "República Universal", no momento aqueles que acreditam na lisura, nas leis e na suposta benevolência dos Estados nacionais para guiar os povos à liberdade são partes do problema, são financiadores contumazes da destruição e da luta contra Deus, uma vez que abraçam as mentiras para defender o poder estatal de forma análoga ao poder divino. Para esses, defender um projeto, um plano, um futuro, é mais importante do que aceitar a Verdade revelada, é claro, esses quais me refiro estão sobre o lado das massas, pois a violência contra Deus passa a preponderar no lado daqueles que estão dentre as forças regentes, nesse caso sem cogitar em pedir perdão à Deus pelas ofensas e pelas blasfêmias.