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@ talvasconcelos
2025-03-14 11:13:38O Banco Central Europeu (BCE) está a intensificar a sua propagan... a sua campanha a favor do euro digital, apresentando-o como uma evolução necessária do dinheiro. Mas trata-se realmente de conveniência ou há uma agenda oculta? Vamos desmontar os argumentos do BCE e perceber por que razão esta moeda digital de banco central (CBDC) tem mais a ver com controlo do que com inovação financeira.
Argumento 1: 'A nossa moeda precisa de acompanhar a forma como queremos pagar.'
O BCE afirma que mais de metade dos europeus prefere pagamentos digitais, mas ignora o facto de que esses pagamentos já existem. Desde cartões bancários a PayPal, transferências SEPA, Apple Pay e Google Pay, não faltam opções. Em 2020 já 60% de todos os pagamentos na UE foram digitais, segundo dados do BCE.
O que não mencionam é que o euro digital será controlado pelo Estado (ou neste caso o BCE e a UE que são efectivamente um governo supranacional, não eleito) e programável. Ao contrário do dinheiro físico, que permite verdadeira autonomia financeira, uma CBDC permitirá ao governo monitorizar, condicionar e até restringir os teus gastos.
Já Bitcoin oferece há mais de 16 anos uma solução global, descentralizada e sem necessidade de permissão, sem precisar de supervisão estatal.
Argumento 2: 'Os europeus poderão usar o euro digital ao lado do dinheiro físico.'
A história mostra-nos que, sempre que surgem alternativas digitais estatais, o dinheiro físico acaba por ser eliminado. Restrições a levantamentos, proibições de transacções em numerário e a desvalorização do dinheiro físico são tácticas comuns para empurrar as pessoas para pagamentos digitais controlados.
Bitcoin não precisa de autorização e pode ser usado de forma independente do sistema bancário. Continua a ser a única forma de dinheiro digital realmente descentralizada, garantindo soberania financeira aos indivíduos.
Argumento 3: 'O euro digital garantirá privacidade e confiança.'
O BCE já admitiu que o anonimato total não é uma opção no euro digital. Ao contrário do dinheiro físico, que permite transacções privadas, uma CBDC será totalmente rastreável. Cada transacção será monitorizada, armazenada e potencialmente sujeita a restrições ou impostos.
Já Bitcoin oferece pseudonimato e resistência à censura. Nenhuma entidade central pode bloqueá-lo, congelá-lo ou controlá-lo, tornando-o a melhor opção para pagamentos digitais livres.
Argumento 4: 'O euro digital funcionará offline, sem internet ou electricidade.'
Embora o BCE afirme que o euro digital terá funcionalidade offline, qualquer transacção terá de ser reconciliada online mais tarde, o que significa que a privacidade continua a ser uma ilusão. Além disso, essa funcionalidade offline será provavelmente limitada a pequenos valores pré-carregados—nada de revolucionário.
Já Bitcoin pode ser enviado via ondas de rádio, redes mesh e até satélites, ou opções como o LNURL ou mesmo ecash, tornando-o mais resiliente do que qualquer moeda digital, governamental ou não.
Argumento 5: 'Precisamos de uma legislação forte para apoiar o euro digital.'
Se o euro digital fosse realmente útil, por que razão precisa de ser imposto por lei? Bitcoin cresceu de forma orgânica porque funciona. O BCE está a pressionar por leis que poderão, no futuro, tornar as CBDCs a única forma legal de dinheiro digital, eliminando a liberdade financeira.
Bitcoin, por sua vez, é imparável, descentralizado e independente de decisões políticas. Nenhuma autoridade central pode decidir como deve, e se pode, usá-lo.
Conclusão: O Euro Digital Não É O Que Parece
O euro digital não se trata de inovação, mas de controlo. Os europeus já têm métodos de pagamento digitais eficientes, e o dinheiro físico garante a verdadeira privacidade financeira. Uma moeda digital estatal introduz o risco de vigilância financeira, restrições de gastos e dinheiro programável, onde o governo pode decidir quando, onde e como podes gastar o teu dinheiro.
Entretanto, Bitcoin já funciona há mais de 16 anos como uma alternativa descentralizada e global, sem precisar da aprovação de bancos centrais. Garante soberania financeira e resistência à censura, tornando-se a verdadeira forma de dinheiro digital do futuro.
A questão não é se o euro digital tornará os pagamentos mais fáceis—mas se tornará a liberdade financeira impossível.