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2025-05-09 23:53:41Existem seres do tipo "troll" no folclore Português conhecidos como Trasgos, semelhantes a gnomos e duendes. Na interpretação da Vanessa Fidalgo, duende e trasgo seriam sinónimos e ela descreve-os como sendo "refilões, rebeldes, de pequena estatura, nariz arrebatado, tez rugosa, e o povo chama-lhes trasgos ou maruxinhos, que é como quem diz, duendes!"
Escondem-se nas florestas rurais e são famosos por pregar partidas aos viajantes, especialmente aos pastores de ovelhas. Essas criaturas anãs podem aparecer nas lareiras e tornar-se bastante invasivas. Mesmo que alguém se mude de casa, os Trasgos seguem-nos até ao novo lar. Existem rituais que, alegadamente, conseguem expulsar os Trasgos de uma casa.
A natureza jovial e traquina destes seres está relacionada com um Fadário Galego, em que se acreditava que eles eram resultado de crianças que morriam novas, em que a alma ficava presa a uma casa ou a um local agrícola relacionado com a família.
No folclore leonês, são chamados de Trasgos. No folclore castelhano e aragonês, são conhecidos como Martinitos.
Nas Astúrias, o trasgo é conhecido por nomes diferentes, dependendo da localização. Ele é conhecido como Trasno, Cornín ou Xuan Dos Camíos nas Astúrias ocidentais. Ele é conhecido como Gorretín Colorau ou aquele com o "gorro encarnado" (ambos significando "pequeno chapéu vermelho"), nas Astúrias orientais.
Na mitologia Celta, são conhecidos por "Far Darrig" que significa "homem vermelho".
Algumas interpretações sugerem que encarna a natureza caprichosa do destino, lembrando os humanos da imprevisibilidade da jornada da vida. Outras vêem-no como uma representação dos aspectos selvagens e indomáveis do mundo natural, existindo nas margens da compreensão humana.